Segundo o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, pintar os telhados de branco pode ser uma solução para eliminar as ilhas de calor das cidades, já que as cores claras refletam 90% da luz solar. E, com isso, não absorvem tanto calor. Mas, a arquiteta Viviane Cunha, especialista em construção “verde”, diz que a história não é bem assim. “De fato, a luz é refletida. Mas para onde ela vai? Para o vizinho, lógico”, avisa.
Para ela, a solução mais eficiente seria a implementação de um telhado “verde” ou jardim suspenso, se preferir, na casa. “Ele cria uma climatização no ambiente e evita o uso de ar-condicionado, com isso há uma economia de luz”, explica.
De acordo com Viviane, não há limites para a criatividade na hora de escolher as plantas que irão compor o teto. “Há quem faça até uma floresta em sua laje, por exemplo”, diz, rindo. Mas, nem tudo são flores. Há um grande problema no uso da técnica: a infiltração. “É como uma jardineira enorme”, revela a arquiteta.
A fábrica do Matte Leão, em Fazenda Rio Grande, Curitiba, implantou algumas medidas sustentáveis, incluindo uma cobertura “verde”. Com isso, conseguiu economizar mensalmente 23% de água e 36% de energia. Além dos consideráveis riscos de infiltração, o custo para implantar e manter o telhado “verde” são questões a serem resolvidas.
por Gilberto Junior, ago11
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